quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Fim

Depois de meses parada, resolvi acabar com o blog. Já nada tenho a dizer, isto é, tenho muito a dizer, mas para mim.

Foram tempos divertidos, mas como tudo tem um começo, um meio e um fim. Agradeço a todos os que me leram e interagiram comigo.

Até ao final do ano ficará aberto a todos, depois fecho-o de vez e fica só para mim, bem guardado.

Mais uma vez o meu bem haja a todos, novas aventuras começam, mas ficarão em privado.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

O sono não chega, sou invadida por pensamentos, por medos.



O medo acompanha-me, pode ficar escondido num adiamento, mas sei que ele volta e quando volta é mais forte ainda.

Sozinha com o meu medo penso em deitar-me numa cama vazia, fria, sem qualquer abraço (como me iria fazer bem esse abraço), sem qualquer calor. Fico eu e o medo, deitados à espera de adormecer, de poder sonhar com algo bom, ao menos que no sonho esteja sem medo, sem fragilidades.

A solidão vai pesando, dia para dia, cada vez mais pesada. Já nem ouso em sonhar que um dia estaremos juntos, isso seria iludir-me e estou cansada de ilusões. Talvez esteja cansada de muita coisa quotidiana, talvez por isso deixe andar e contentar-me com algumas horas (poucas) de felicidade. Mas será que não mereço mais que umas horas? Posso estar a ficar exigente demais sem nunca o dizer.

O presente é este, medo e horas de felicidade. E o futuro? O futuro será com medo, por isso, vivo o presente sem pensar no futuro.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Acabar, não acabar....

Tenho estado ausente, falta de motivação, de inspiração. Talvez seja inércia, talvez seja o medo de me repetir. Não sei se já é tempo de acabar e começar um novo projecto, estou na dúvida.

Até me decidir, fica aberto, quando me decidir talvez feche ou não, depende da minha vontade.

sábado, 7 de março de 2015

Dia Internacional da Mulher

Amanhã celebra-se mais um Dia Internacional da Mulher. Sou do tempo em que este dia era festejado apenas pelas mulheres de esquerda e não por este oportunismo consumista. 

É um dia histórico para a emancipação da mulher, onde operárias morreram queimadas numa fábrica ,apenas porque lutavam por melhores condições de trabalho, melhores salários e um horário fixo de 12 horas. Passados estes anos nada mudou, a mulher continua a ganhar menos que os homens, trabalham mais horas, claro que estou a contar com o que trabalham em casa.

Vejo com desilusão a comemoração deste dia, ao verificar que as iniciativas que existem são no âmbito de alguma futilidade, em que nada abordam o nosso papel na sociedade. Workshops de maquilhagem, revistas a calçarem homens com sapatos de salto, só falta as promoções de chocolates nos hipermercados. Por fases vou dando a minha opinião:

  • Workshops de maquilhagem, a mulher é mais do que uma tela onde se põe base, sombras, lápis, rimel, etc., etc.. Não vejo o quão importante são esses workshops para a emancipação da mulher, mas enfim, infelizmente para muitas é importante. Eu maquilho-me todos os dias úteis, descanso ao fim de semana;
  • Uma revista teve a ideia peregrina de calçar homens com saltos altos, não entendo porquê, a não ser para os homens verificarem que é difícil andar de saltos, mas isso faz com que eles saibam o que é ser mulher?
Numa semana em que tanto se falou da desigualdade salarial, da violência doméstica, são este tipo de iniciativas acima descritas, que a sociedade olha realmente para mulher? Parece-me que não, ficam com a ideia generalizada em que a mulher só pensa em maquilhagem, sapatos e roupa (note-se que eu gosto).

Este dia seria para que não existam desigualdades entre sexos, eu disse desigualdades, não disse que mulheres são superiores aos homens. Somos diferentes fisicamente, na maneira de pensar, mas em termos de salários, oportunidades de empregos deveríamos ser iguais.

Depois vêm com a conversa que as mulheres são mães, mas seríamos mães sem homens? Evidentemente que nós temos os filhos na nossa barriga, mas se não fossem os homens não os teríamos.

O papel da mulher jamais deveria ser o de andarmos sempre com bom aspecto, felizes, bem arranjadas, isso é publicidade e não a realidade.

Eu vejo o Dia Internacional da Mulher como um dia de luta, não o consigo ver de outra maneira.


EU


Quantas vezes já pensei em escrever sobre o que me vai nos pensamentos. Dar-me a conhecer um pouco mais, as minhas dúvidas, as minhas certezas, os meus medos.
Sempre quis algo mais do que tive, sempre fui uma pessoa insatisfeita porque acho que todos deveríamos ter mais do que temos (não em termos materiais, mas sim, em termos emocionais). Sempre achei que para ser feliz não era preciso muito, basta amor e respeito.

A minha vida podia ter sido bem diferente, se me tivesse acomodado, mas para mim isso não era vida, era sobreviver numa sociedade do politicamente correcto. Nunca sonhei em casar e ter uma grande festa, daquelas de encher o olho e o estômago também. Muitas pessoas me perguntam porque nunca casei e eu respondo "nunca conheci o homem com quem valesse a pena acordar todas as manhãs ao meu lado", mas já o conheci. Podia ter sido mãe, mas não o fui e hoje penso, ainda bem, porque eu nunca daria asas para o meu filho voar, tal seria a protecção.


Sei que tenho uma personalidade forte, um feitio terrível, mas quem sabe levar-me, leva uma boa amiga, porque quando sou amiga, sou mesmo amiga! Conhecidos tenho muitos, amigos tenho poucos e ainda bem que assim é.

Ao longo dos anos fui-me conhecendo melhor, fui crescendo e cresci mais nestes últimos 12 (quase 13 anos). Foi nesses últimos anos que mudei muito, que aprendi que a vida é rápida, que perdemos os nossos pilares. Se é doloroso? É muito doloroso, é doloroso ver os últimos minutos de vida de um pai. Aí apercebemo-nos que os pais morrem, aqueles pais que nos protegeram, que nos amam, que nos deram vida, um dia vão-se embora e o que fica são as recordações, os bons momentos, o quanto nos amam, porque depois disso somos atirados para a selva e temos que lutar para viver. Choramos, rimos, mas acima de tudo lutamos.

Talvez seja por isso que nem todos me entendam, sinceramente, já me preocupei com isso, agora quero que se lixem e principalmente que não me chateiem.

Dizem que sou ingénua, eu acho que não sou. Sou apenas uma mulher que acredita que as pessoas são verdadeiras, infelizmente não o são, mas eu sou e sempre fui.

Esta sou eu, sem máscaras, de carne e osso, sensível e acima de tudo amiga.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Gosto de adormecer assim. Ouvir a tua respiração, sentir o teu calor, depois de se matar as saudades. Será que matamos todas? Claro que não, precisávamos de mais tempo para matarmos todas elas, talvez uma eternidade, que dizes?


quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015