terça-feira, 3 de abril de 2012

A Surpresa



Não havia nenhuma data para comemorar e pensei em fazer-te uma surpresa. 

Marquei um quarto no nosso motel preferido. Coloquei duas flutes e uma garrafa de Murganheira (afinal é o que gostamos mais) num saco insuspeito, não queria que visses nada.

Vesti o sobretudo que gostas, mas com uma combinação bem transparente (aquela que também gostas), só a combinação sem mais nada, aqui não fui muito original, eu sei, mas tu adoras que esteja assim "vestida" e claro aquele perfume, o tal...

Ficas-te admirado ao ver-me no teu escritório para te ir buscar, nem imaginavas o que te tinha preparado.
Tomamos um café porque ainda estavas atrasado (o que era normal), perguntas-te se não tirava o sobretudo porque estava calor na tua sala, confesso que hesitei, mas não tirei.

Estivemos cerca de uma hora na tua sala, tu a trabalhar e eu a imaginar a surpresa que tinha para ti.
Quando acabaste já era noite, no Inverno anoitece mais cedo, descemos, não até à garagem mas para a rua onde estava o meu carro, disse-te que de manhã te levava ao escritório a horas (o que me parecia impossível).

Pedi-te para entrares primeiro e pores-te confortável, a viagem podia demorar algum tempo. Aí, começaram as perguntas, para onde vamos? Vamos jantar a algum sítio em especial? Apenas te disse para te calares e não fazeres perguntas, "confia em mim" foi o que disse. 

Tirei um lenço da minha mala, coloquei nos teus olhos e beijei-te como gostas.

Entrei no carro e começamos a ir em direcção ao destino. Parei algumas vezes para te beijar, tu não conseguias estar quieto com as mãos, prendi-te as mãos e continuava a beijar-te. Estavas a gostar, deixas-te de fazer perguntas começas-te a entrar no meu jogo.

Demoramos cerca de hora e meia a chegar, sempre com paragens.

Chegamos ao motel, aí não tive como te esconder, mas disse para não tirares o lenço a não ser quando eu disse-se. Estacionei na garagem, fechei o portão. Conduzi-te até ao quarto.

Tirei as flutes e a Murganheira, fiquei com o sobretudo vestido. Disse-me para me o tirares, mas sem destapares os olhos, conduzi-te com as minhas mãos, ao cinto e depois aos botões. Pedi para te sentares e aí sim, podias tirar o lenço. Estavas excitado com a viagem, ficaste mais ainda quando entramos no Motel.

Deite uma flute a beber e com a minha boca tirei-te o líquido da tua boca. Continuei a fazer o mesmo, vezes sem conta...

Aí, deixei as tuas mãos percorrer o meu corpo, as minhas desapertavam-te a camisa e as tuas calças, sempre com um beijo.

Bom....depois foi uma noite de paixão. Uma paixão que não parava. Foram vezes sem conta, sempre como se fosse a primeira vez.

Adormecemos por uns momentos, era acordada por ti, estavas como nunca. 

Claro que não chegaste a horas ao escritório, nada que um telefonema não resolve-se.

Aquela noite ficou como o "nossa noite"...
 



6 comentários:

  1. poucas são as mulheres que tem esta ousadia, ousadia essa que mts homens a desejam.. continua minha querida e doce Anaiis, mts mulheres deviam ter-te como exemplo.. beijo

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    1. obrigado querida, mas a verdade é para ser dita... e que pena tenho de não ser o alvo da tua ousadia.. bjs

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  2. Bonita história onde não há nada mais para disser, uma doce história onde tudo parece possível e onde tudo é perfeito.

    Devia ser sempre assim...

    beijinhos

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