Mais uma publicação que daria muito que falar e escrever e ficaria sempre alguma coisa por disser. Cada um tem a sua interpretação até porque há quem separe sexo do amor, há quem os junte fica ao critério de cada um, somos todos diferentes e cada um é sensível em determinados assuntos assim como cada um sofre de modo diferente. Quando é verdadeiro e sincero sim é o único e melhor antídoto estou plenamente de acordo. O problema é quando não é, o problema é quando se aproveitam das fragilidades do outro lado, o problema é quando encaram e tratam o outro lado como mero objecto sexual, sem esses problemas é perfeito. Se me perguntarem se acredito no Amor que é capaz de vencer e ultrapassar toda as barreiras digo que sim, para infelicidade minha ainda não o encontrei. O que me entristece, me envergonha e me revolta muito como ser humano, é haver alguém capaz de usar, no sentido próprio da palavra, e depois deitar fora e fico por aqui, mas muito mais havia para disser.
Deixo só um texto que gosto particularmente: Amar até Sempre e esse Sempre entendam como quiserem.
Amar até Sempre
A Maria João e eu vivemos juntos, todos os dias, a não ser os poucos (mais do que quarenta) em que os hospitais nos desinstalaram, desde o primeiro dia de Janeiro do ano 2000. Mas, mesmo que conte só a data do casamento - no dia 30 deste mês, uma sexta-feira, alcançaremos 11 anos de casamento - acho que prescindimos alegremente de qualquer crise. O meu amor por ela é cada vez maior. O amor dela por mim, de tanto ser amada, começa a ser uma possibilidade. Foram só menos de quatro mil dias - uma pequena parte das nossas vidas - mas foram quatro mil dias de amor, felicidade ou medo de não ser amado, mais a sorte de ter sido. Uma eternidade. Assim aconselho os amantes e os apaixonados: a primeira coisa a reter, sejam quais forem as primeiras e segundas reacções das pessoas amadas, é que se está a espalhar e visitar uma sorte amorosa sobre elas. Não é uma questão de amor. É uma questão de tempo. Esperar e não reparar é fundamental. Para quem ama, amanhã, por muito improvável que seja, é melhor do que ontem. Mas hoje pode ser, quando se tem sorte, o dia perfeito.
Miguel Esteves Cardoso, in 'Jornal Público (9 Set 2011)'
E se tudo for feito com amor, com amor crescerá...
ResponderEliminarBeijos molhados
Beijo
EliminarMais uma publicação que daria muito que falar e escrever e ficaria sempre alguma coisa por disser. Cada um tem a sua interpretação até porque há quem separe sexo do amor, há quem os junte fica ao critério de cada um, somos todos diferentes e cada um é sensível em determinados assuntos assim como cada um sofre de modo diferente. Quando é verdadeiro e sincero sim é o único e melhor antídoto estou plenamente de acordo. O problema é quando não é, o problema é quando se aproveitam das fragilidades do outro lado, o problema é quando encaram e tratam o outro lado como mero objecto sexual, sem esses problemas é perfeito. Se me perguntarem se acredito no Amor que é capaz de vencer e ultrapassar toda as barreiras digo que sim, para infelicidade minha ainda não o encontrei.
ResponderEliminarO que me entristece, me envergonha e me revolta muito como ser humano, é haver alguém capaz de usar, no sentido próprio da palavra, e depois deitar fora e fico por aqui, mas muito mais havia para disser.
Deixo só um texto que gosto particularmente: Amar até Sempre e esse Sempre entendam como quiserem.
Amar até Sempre
A Maria João e eu vivemos juntos, todos os dias, a não ser os poucos (mais do que quarenta) em que os hospitais nos desinstalaram, desde o primeiro dia de Janeiro do ano 2000.
Mas, mesmo que conte só a data do casamento - no dia 30 deste mês, uma sexta-feira, alcançaremos 11 anos de casamento - acho que prescindimos alegremente de qualquer crise. O meu amor por ela é cada vez maior. O amor dela por mim, de tanto ser amada, começa a ser uma possibilidade. Foram só menos de quatro mil dias - uma pequena parte das nossas vidas - mas foram quatro mil dias de amor, felicidade ou medo de não ser amado, mais a sorte de ter sido. Uma eternidade.
Assim aconselho os amantes e os apaixonados: a primeira coisa a reter, sejam quais forem as primeiras e segundas reacções das pessoas amadas, é que se está a espalhar e visitar uma sorte amorosa sobre elas. Não é uma questão de amor. É uma questão de tempo. Esperar e não reparar é fundamental. Para quem ama, amanhã, por muito improvável que seja, é melhor do que ontem. Mas hoje pode ser, quando se tem sorte, o dia perfeito.
Miguel Esteves Cardoso, in 'Jornal Público (9 Set 2011)'
beijinhos