Vieste novamente ao meu encontro
com a mágoa que sempre trazes
com um amor (im)possível
que queres não esquecer
mas que te consome
que te mata...
E eu?
O que sou eu para ti?
Sou o teu porto de abrigo,
sou eu que dou colo
sou eu que oiço as tuas palavras,
palavras que me ferem
palavras que são espadas...
E eu???
Um texto... honesto. Gostei muito.
ResponderEliminarSkin 'n Under
Obrigada Skin'n Under
ResponderEliminarBeijo doce
Anaïs,
ResponderEliminarEstás a tornar-te uma personagem
interessante e enigmática...
Doce, sem dúvida, vou continuar a minha descoberta...
Beijo Pegado
João
Beijo Doce e Pegadod
ResponderEliminarSe és apenas um porto de abrigo, manda-o passear. Não há amor nenhum que mereça isso.
ResponderEliminarGata, tens razão, mas por vezes é tão difícil...
EliminarEu sei....e olha quem é que te diz isto! Aquela que se apaixona tão facilmente...
EliminarDeixo-te apenas e só um beijo
EliminarPorto de abrigo é aquele que nos abraça...a nós!!!
ResponderEliminarVerdade Salomé!!!!!!!!!!
EliminarPodes ser uma ilusão... que não pode ser realidade...gosto deste sitio é forte!
ResponderEliminarVolta sempre :)
EliminarDoce beijo
Um texto muito bonito apesar de uma profunda tristeza e mágoa adjacente. O amor não mata o que pode "matar" é a falta dele. Nas relações tem de existir o dar e receber, nos dois sentidos e nunca só num, desculpa dizer-te isto. Em relação ao porto de abrigo deixo um poema de Fernando Pessoa do qual gosto muito e completa o que queria disser mais.
ResponderEliminar"Atravessa esta paisagem o meu sonho dum porto infinito
E a cor das flores é transparente de as velas de grandes navios
Que largam do cais arrastando nas águas por sombra
Os vultos ao sol daquelas árvores antigas…
O porto que sonho é sombrio e pálido
E esta paisagem é cheia de sol deste lado…
Mas no meu espírito o sol deste dia é porto sombrio
E os navios que saem do porto são estas árvores ao sol…
Liberto em duplo, abandonei-me da paisagem abaixo…
O vulto do cais é a estrada nítida e calma
Que se levanta e se ergue como um muro,
E os navios passam por dentro dos troncos das árvores
Com uma horizontalidade vertical,
E deixam cair amarras na água pelas folhas uma a uma dentro…
Não sei quem me sonho…
Súbito toda a água do mar do porto é transparente
E vejo no fundo, como uma estampa enorme que lá estivesse
desdobrada,
Esta paisagem toda, renque de árvore, estrada a arder em aquele porto,
E a sombra duma nau mais antiga que o porto que passa
Entre o meu sonho do porto e o meu ver esta paisagem
E chega ao pé de mim, e entra por mim dentro,
E passa para o outro lado da minha alma…"
Fernando Pessoa
beijinhos