segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Pseudo

Vivemos numa época de pseudos:
  • Pseudo escritores 
  • Pseudo músicos
  • Pseudo intelectuais
  • Pseudo fotógrafos 
Os que conheço mais são os Pseudo escritores e são os que mais crescem neste país, além dos pseudo políticos.

Qualquer pessoa escreve, qualquer coisa, mesmo que seja sempre repetitiva. Aqui, nos blogues, é mais do que evidente, o que por vezes fica até aborrecido andar por aqui e tentar marcar a diferença. 

Qualquer um escreve sobre "fodas" e não sobre sexo. Qualquer um publica fotografias do mais vulgar que possa haver. Mas o que é certo, é que têm imensos seguidores e imensos comentários. Infelizmente são mais as mulheres que o escrevem e não os homens. Felizmente há sempre uma excepção e essa excepção é de uma mulher que já anda nos blogs há alguns anos.

Conheci uma criatura que nem sequer sabia a existência do filme "O Último Tango em Paris", um ícone do cinema erótico, com uma cena que ainda se fala, a da manteiga. Quando me disse isto, eu fiquei parva com tamanha ignorância, a idade nunca pode justificar a ignorância. Lembro até que foi ao YouTube, procurar a famosa cena e a única que conseguiu, foi a de um anúncio com a tal cena do filme, mas que fazia publicidade a uma manteiga (????).
Conheci outra criatura, que dizia que o Jean-Paul Sartre era poeta. Calculo, que nem o próprio Jean-Paul Sartre saiba que tinha sido poeta (esteja ele onde estiver, uma vez que já morreu). 

Mas cada um é como é, e as duas criaturas gostam de pertencer ao pseudo intelectuais (que me desculpem os verdadeiros Pseudos).

Já eu, sou contra o pseudos, porque, ou se é, ou não se é, agora ser pseudo é que não sou.

Talvez,  por isso, tenha poucos comentários, poucos seguidores, mas também não é isso o mais importante. Para mim o que é importante é o que eu sinto ao escrever, mesmo sarcastimente, como agora. Não pretendo ter fama, apenas pretendo ser diferente (e sei que o sou) e ter alguma qualidade, tanto na escrita, como na escolha das fotografias. Apenas sou eu, uma mulher quarentona, de bem com a vida, feliz, sorridente, educada, nada humilde, e dona de um bom gosto.

A partir de hoje, vou ter ainda mais "inimigos" por aqui, mas não estou nada preocupada, porque continuo a ser eu, como sempre o fui, nada dada a influências do número de visitas e de comentários.



8 comentários:

  1. é por isto que uma quarentona vale tanto a pena.

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    1. Quando chegamos aos 40, já conseguimos distinguir bem o trigo, do joio.

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  2. Concordo com o que foi escrito.

    Os pseudo-escritores estão nos pseudo-blogues...

    Manuel

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  3. Olá Doce Anais,

    Percebi uma mulher de personalidade forte e com caráter. Seja você, sem mácula e isso já lhe é o suficiente. Também eu não preocupo com muitos seguidores em meu blog e tampouco imensos comentários. Preocupo com qualidade e na furtivo anseio de fazer da minha casa um refúgio onde eu coleciono os escritos de escritores em que gosto e as vezes ouso confeccionar!

    Um grande abraço!
    :)

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    1. Obrigada Jhana pela sua visita. Felizmente há alguém que pensa como eu.
      Acho que os blogues acabam por ser os nossos diários, a diferença é que partilhamos com o mundo.

      Um grande abraço

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