Homenagem ao coiso

Era uma vez um coiso, que tinha a mania que era um grande coiso. Quando o coiso tem a mania que é um grande coiso é na realidade um pequeno coiso.

O coiso gostava de brincar, não era grande coisa a brincar, mas gostava que se disse-se que era uma grande coisa a brincar. 

O coiso gostava de rebaixar, mas quem era sempre rebaixado era o coiso.

O coiso não sabia nada de coisas, mas achava-se o máximo em relação ás coisas, pensava que sabia tudo sobre as coisas, mas afinal o coiso nada sabia das coisas.

O coiso que não é coisa, não passa de um pobre coiso (será que existem pobres coisos?). 

O coiso achava que era saudável, mas afinal tinha uma grave doença, a da inferioridade em relação ás coisas, mas como era um grande coiso nunca o admitiu (duvido que venha a admitir algum dia).

(Já devem estar a imaginar o que é o coiso...continuem mais um pouco)

O coiso, que afinal não era grande coiso, era vaidoso, sempre preocupado com a sua imagem saudável, a gostava de dar conselhos ás coisas em como as coisas ficariam mais saudáveis.

O coiso pensava que era inteligente e então procurava inteligentes coisas. As inteligentes coisas que o coiso procurava, não eram assim tão inteligentes. Porque coisa que é coisa, não se deixa de manipular por um coiso que pensa que é inteligente, logo não é uma inteligente coisa. 

No final da história, o coiso ficou com as suas coisas e viveram (e deixaram os outros viver) felizes para sempre. Porque isto é como a matemática, mais com menos dá menos, e mais com mais dá mais, entenderam? 

Aqui vai então o que é o coiso: 

O coiso é um coiso...(dêem largas à vossa imaginação)