quinta-feira, 21 de março de 2013

Poema LXVI

Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.
Talvez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo.
(in Cem sonetos de amor)
23 março - Dia Mundial da Poesia 
(O meu poeta) 

2 comentários:

  1. no teu poeta existe o teu poema...

    No teu poema
    Existe a esperança acesa atrás do muro
    Existe tudo o mais que ainda escapa
    E um verso em branco à espera de futuro.

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  2. Fiquei sem palavras perante um comentário poema. Aliás, tenho duas palavras, extremamente belo.

    Beijo Doce

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