domingo, 26 de maio de 2013

Domingo

Domingo de manhã. Lençóis a cheirarem a lavado. Fico na cama até mais tarde, sinto o algodão branco em mim, tapam-me do fresco da manhã.

Imagino mil e uma coisas, o algodão é as tuas mãos a tocarem-me na minha pele, arrepio-me, todos os meus poros são tocados. Acaricias a minha pele, acaricias os meus cabelos, a minha boca. A minha pele responde, os arrepios são constantes, os meus mamilos ficam duros a imaginar as tuas mãos, a tua boca neles. Fazes com que a minha respiração fique mais acelerada, fazes com que solte pequenos gemidos. Continuam as tuas mãos na minha pele, percorrem cada pedaço dela e eu gemo com prazer. Chegas onde já deverias à muito ter chegado, fizeste-me sofrer por este momento. Os teus dedos passeiam e eu vou aumentado a minha excitação. Demoras, brincas e eu a sofrer. Sofro porque quero o êxtase que não queres que ainda tenha. Tortura, digo eu, prazer, dizes tu. Até que chega a altura da tortura acabar, pelo menos por enquanto, não me deixas recuperar, continuas e eu deixo que continues as vezes que quiseres.

De volta no meu quarto, sozinha mas contigo presente na minha mente. Aproveito e ainda fico na cama, afinal é domingo, posso dormir mais um bocado e agora sonho com o que senti.



4 comentários:

  1. Existem momentos e situações que potenciam o imaginário e por arrastamento o desejo de algo se concretizar.
    E se o imaginário for forte a imagem fica como recordação...

    ResponderEliminar
  2. tão bom...reviver as coisas boas

    ResponderEliminar