terça-feira, 25 de junho de 2013

Noite

Era uma noite quente, daquelas noites que custa respirar. 
Ela estava deitada na sua cama, nua por causa do calor. Fechou os olhos para dormir, precisava de descansar.
Os olhos e os pensamentos teimavam em não a deixar dormir. Os pensamentos andavam que nem loucos, não paravam, queriam sair da sua cabeça. Os seus olhos faziam companhia aos pensamentos. Tudo o resto dormia.
O corpo repousava sobre os lençóis que tanto gostava. Lençóis brancos e de algodão, frescos para uma noite calor.

Os pensamentos traíram-na, foram buscar quem não queria. Ele insistiu em acomodar-se a seu lado. As suas mãos tocavam na sua pele, muito ao de leve, ela sentia um arrepio. Um arrepio que não queria, não achava que fosse a altura para o sentir. Mas o arrepio juntou-se aos pensamentos e tomaram conta dela.

A noite foi longa, a manhã não chegava. O quente da noite não arrefecia.

4 comentários:

  1. Mais longa quando é só pensamento
    Curta demais quando é realidade...

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    1. Na realidade parece um segundo, no pensamento uma eternidade...

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  2. Fiquei com a suspeita de que as mãos não eram as mesmas na realidade e na imaginação. Acontece... mas pode ser só a minha interpretação. O texto pode prestar-se a essa dúvida. De qualquer modo, nada de mais. A vida é assim.

    Beijim! ;-)
    Giuseppe

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    1. Talvez a história continue...Depois saberás quais as mãos que ela queria.
      Beijo Doce

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