As noites quentes tinham voltado e com elas as mãos. As mãos que só apareciam em sonhos, mãos sem rosto, sem corpo. Esta noite não queria ser traída pelo sonho das mãos, não as queria sentir, não queria arrepios. Não queria mãos imaginárias, queria mãos reais, mãos que pertencessem a um corpo, a um rosto.
De que me serviam as mãos imaginárias? Mãos que não me tocam, mãos que não sinto.
Quero deixar de sonhar com elas, mesmo em noites quentes como esta.
Quero a realidade, não um sonho.

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