terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Era uma noite de chuva, típica de dezembro. Faltavam poucos dias para o ano acabar. Era tarde, telefonaste a dizer que me querias ver, disse que também te queria ver. A separação era dolorosa para quem estava habituada a ter sempre a tua companhia.

Vieste ter a minha casa, nem deu tempo de falarmos, abraçamo-nos, beijamo-nos como se há muito não nos víamos. A noite começou aí, no momento que entraste pela porta do meu quarto. 

A roupa começou a desaparecer dos nossos corpos, ao mesmo tempo as nossas bocas não se separavam e quando se separavam colavam-se aos nossos corpos.  A tua língua percorria o meu corpo, a minha língua percorria o teu. As mãos dançavam por nós, tocávamos na pele sedenta de cada um.

Foram horas e horas que pareciam segundos. Foram horas de êxtanse, repetíamos vezes sem conta, o cansaço não existia, não podia existir.

Por fim descansamos, deitei a cabeça no teu peito a ouvir o teu coração acelerado, a sentir a tua respiração, a minha cara tocava no teu peito. Adormeci como há muito não dormia, um sono calmo e profundo.

Agora ao relembrar a nossa noite senti aquela vontade, a mesma que tive naquela noite, o mesmo desejo que insiste em não desaparecer.

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