domingo, 26 de janeiro de 2014

Ponho a minha maquilhagem, o meu melhor perfume, o meu melhor bâton vermelho. Visto a minha melhor lingerie e visto o meu melhor vestido. Calço as minhas melhores meias de ligas e calço os meus melhores sapatos. Coloco os melhores brincos, o melhor anel.

Fico pronta à tua espera...

Chegas e vês-me preparada para ti, da maneira como gostas de me ver.
Entras deslumbrado com a imagem que vês. Beijas os meus lábios vermelhos, cheiras o meu pescoço onde tinha colocado o perfume. Tocas no tecido do vestido, sentes a minha temperatura.

Sentas-te no sofá, sirvo-te a tua bebida preferida. Sorves a bebida e queres mais. Dou-te mais, dou-te toda a bebida que queres. Depois ponho-me à tua frente de maneira a veres bem como eu sou. Continuas a querer mais bebida e puxas-me para ti de modo a dar-te mais bebida. Dou-te ainda mais, só da maneira como te só consigo dar. Não tentas tirar o vestido porque ele nunca existiu, o vestido que trago é o que mais gostas, a minha pele. Não tentas tirar a lingerie porque também não existia, a que tinha era que mais te atrai. Não tiras as meias porque essas também não existiam, o que existia eram as minhas pernas, as mesmas pernas que te abraçam. 
Depois, bom...depois o que existiu foi a fusão dos nossos corpos sedentos...cada vez mais sedentos...cada vez melhores...cada vez mais conhecedores um do outro.

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