Olham para o infinito. Estão há séculos a olhar para o mesmo.
Já assistiram a revoluções, guerras, Invernos e Verões. Há séculos que estão ali, a olhar a mudanças que se passam neste mundo onde tudo muda rapidamente.
Por eles, passamos todos os dias. Uns tristes, outros alegres, uns a chorarem, outros a rirem. Nem reparamos que eles estão ali a observar-nos.
Há muito que observam as nossas vidas, sabem cada pensamento nosso, mas quem passa por lá não sabe as suas histórias, os seus pensamentos, o porque estão ali há tantos séculos. Mas o que importa são o que eles conseguem ver o que cada um de nós é.
Provavelmente, foram amantes, daqueles amantes dos romances, o do amor proibido em vida e em que ficaram juntos para a eternidade. Tipo Pedro e Inês, uma história tão nossa, tão bela, tão real e tão macabra ao contrário do Romeu e Julieta que não passa de mera ficção. Nunca saberemos as suas histórias e porque estão juntos para a eternidade. A sua história foi escrita em pedra, para nós sabermos que existiram, ao contrário das nossas que são escritas em segundos, em papel que facilmente ardem à menor chama.
Nós não somos eternos, mas eles serão sempre eternos e estarão sempre juntos ao contrário de nós.
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