Sempre que passava esta ponte em miúda, sentia um cheiro familiar. O cheiro da aldeia onde a minha mãe nasceu e os meus avós viveram os seus últimos anos.
Adorava ir para lá passar as férias. No Inverno o frio dominava, aquele frio que tenho saudades, de dormir com um peso em cima de mim de tantas mantas. Do cheiro da lareira, da braseira, o cheiro de Inverno.
Na Páscoa, era a Primavera que reinava, com o cheiro das flores silvestres. Por vezes estava frio e por vezes estava calor.
No Verão, um calor infernal, durante a tarde não se saia de casa, dormia-se a sesta.
Foram anos que não me esqueço, de férias em que se podia andar à solta, longe da prisão da cidade.
Hoje gostava de voltar a passar as minhas férias lá, na aldeia onde tanto brinquei. Apesar de ser da cidade, gosto da aldeia, daquela calma onde as horas passam devagar, onde todos se cumprimentam (ainda se mantém esse hábito), de ouvir os pássaros, de ouvir os cães a ladrar.
Voltei lá há uns dias atrás e foi bom poder voltar a ter aquele cheiro único, de ver as pessoas que passados tantos anos me conheceram. Gostei de estar sentada à porta de uma casa, ver aquela calma, de fechar os olhos e sentir o sol.
Um dia volto lá, para descansar da cidade, da vida dita "civilizada" que se leva. Um dia volto lá e vou voltar a sentir-me em casa, como sempre me senti.
Amei! ;-)
ResponderEliminarObrigada Guiseppe!!! :)
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